Douglas Engelbart, o inventor do Mouse
Biografia
Douglas Engelbart nasceu em 1925, em Oregon, onde cresceu numa pequena fazenda. Em 1942, ele se formou e foi pra Oregon State University para estudar engenharia elétrica. Seus estudos foram interrompidos pela 2ª Guerra Mundial. Ele se juntou à marinha e passou dois anos nas Filipinas como técnico de radares. Enquanto estava nas Filipinas ele leu “As We May Think”, de Vannevar Bush, que discutia o futuro emprego das máquinas como complemento do intelecto humano. Engelbart escreveria posteriormente para o conhecimento de Bush, a influência que o artigo dele teve no seu próprio trabalho.
Após a graduação, conseguiu um emprego no laboratório aeronáutico de Ames (Ames Aeronautical Laboratory), em Mountain View, Califórnia, como engenheiro eletrônico. Foi nesta altura que começou a preocupar com o processo do pensamento humano e com as ferramentas que os humanos utilizam para o ajudar - teve aqui início o desenvolvimento do que viria a chamar de "Teoria de aumento" (theory of augmentation), que previa o incremento do intelecto humano através de máquinas responsáveis pela parte "mecânica" do pensamento e compartilhamento de idéias. Ele precisou de quase 10 anos para encontrar alguém que levasse a sério as suas idéias.

Embora só tenha tocado num computador em 1953, e não tenha conseguido convencer nenhum dos seus colegas a investigar as suas idéias, Engelbart obteve o doutoramento em engenharia eletrônica com especialização na vertente de computadores em 1955, e permaneceu mais um ano na Universidade dando aulas.
O lançamento da nave espacial russa Sputnik, em 1957, acabou também por contribuir para o desenvolvimento das ideias de Engelbart, pois ao ver a sua superioridade tecnológica comprometida, o governo dos EUA lançou a ARPA (Advanced Research Projects Agency), um projeto destinado a financiar novos projetos de investigação científica que pudessem ajudar o país a recuperar o seu tradicional avanço e poderio.
Assim, em 1963, a ARPA atribuiu a Engelbart o financiamento necessário para que este construísse um laboratório que permitisse levar a tecnologia dos computadores a uma nova etapa. O cientista deu-lhe o nome de Augmentation Research Center, e aí criou o On-Line system (NLS), o primeiro ambiente integrado para processamento de idéias. O sistema utilizava várias ferramentas novas, (que hoje em dia se consideram corriqueiras), como um rato para seleção no monitor, teleconferência em monitores partilhados, ligações por hipertexto, processador de texto, e-mail, sistemas de ajuda online e um ambiente de janelas.
Muitos dos membros da equipe do Doug foram então trabalhar para o Palo Alto Research Center, um novo centro de pesquisas construído pela Xerox Corporation, e foi aí que as criações de Engelbart, melhoradas, foram usadas para integrar o primeiro computador pessoal, o Altair.
Ele trabalhou para a Universidade de Stanford, onde dirigiu o Boostrap Project cujo objetivo era o de levar os fabricantes, vendedores e utilizadores de computadores a trabalharem juntos na tecnologia requerida pelo mundo em constante mudança que partilham. Em 1990, fundou o Bootstrap Institute, em Palo Alto, na Califórnia, de que é ainda diretor.
Doug Engelbart com sua criação |
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Criação
Muito antes de existirem os Mouses Óticos e à Laser, em 1964, Douglas Engelbart criou o primeiro mouse para computadores. Ele consistia em duas rodinhas posicionadas uma perpendicular a outra, permitindo movimento em um eixo. Entretanto o primeiro mouse criado com o propósito de navegação era vendido junto com o computador pessoal da Xerox, o Information System em 1981.
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Demonstração

Ao que chegou a ser conhecida como “a mãe de todas as demonstrações”, Douglas Engelbart demonstrou o primeiro mouse de computador na Fall Joint Computer Expo em San Francisco, em 9 de dezembro de 1968. Engelbart também demonstrou um “keyset” de cordas (à esquerda da figura), que foi utilizado como um teclado com cinco chaves parecido com um piano. Engelbart trabalhou no Stanford Research Institute, no qual foi também aperfeiçoar o modem acústico nessa época. Outras tecnologias demonstradas durante a sessão de 90 minutos incluíram “hypertext”, “object addressing”, “dynamic file linking”, e “shared-screen collaboration” no qual duas pessoas em locais diferentes comunicam-se através de uma rede via áudio e vídeo.
Referências
Escrito por:
Aline Carvalho
Fabrício D' Orsi